Houve um tempo em que novidades demoravam a chegar ao Brasil. Lançamentos tecnológicos nos Estados Unidos levavam décadas para chegar ao mercado brasileiro.
O lado bom disso, é que havia tempo para se preparar e até escolher entre alternativas já testadas e comprovadas.
Os tempos são outros, a transformação digital entre outras mudanças, encurtou, e em alguns casos, eliminou este colchão de tempo, que de certa forma protegia as empresas no Brasil. Ou seja, para aproveitar os benefícios da tecnologia, vai ser preciso investir e se antecipar ao fato consumado.
E falando em fato consumado, hoje temos as legislações como a LGPD, que segue a mesma linha da GDPR europeia. Neste caso temos um histórico para observar, sobre a lei, as perdas advindas de privacidade e o custo de não investir. É de conhecimento que as violações podem ter sérias implicações financeiras para a empresa. A violação de dados da Equifax em 2017, por exemplo, poderá custar à empresa cerca de US$ 450 milhões.
No Brasil, com a LGPD entrando em vigor, as empresas de todos os tamanhos podem enfrentar multas altas se não demostrarem preparo e conhecimento para tratar a segurança e privacidade de seus dados.
As senhas fracas, roubadas ou reutilizadas continuam sendo a causa de 81% das violações, um número alto para situações onde uma pequena melhoria, retorna um enorme benefício. Mas vamos aproveitar este artigo para evoluir um pouco e avaliar quanto custa não melhorar o tratamento das senhas.
Altos custos de suporte
As empresas estão adicionando novos sistemas ao portfólio, novas ferramentas, trabalho remoto, mobilidade e foco na mudança constante e experiência do cliente. E para manter tudo isto funcionando, do jeito que é feito hoje, supondo que você use um modelo tradicional de sistema de chamados e atendimento por uma fila como “helpdesk”, é preciso contratar mais gente e mais infraestrutura. Ou seja, aumentar o custo, e mesmo assim, com perda de qualidade, pois depende de atendimento manual sujeito a erros. A recente pesquisa da Forrester, com profissionais de segurança e infraestrutura de rede descobriu que em grandes organizações na Europa,uma única redefinição de senha pode custar pouco mais de 50 libras. Se fosse no Brasil, o custo em média seria de R$ 20,00. É caro, para um serviço demorado e sujeito a erros.
Perda de produtividade do usuário final
A conta a pagar pelas senhas não está contida apenas no custo da operação de troca ou esquecimento. Existe o valor escondido, na forma de perda de produtividade e em certos casos perda de oportunidades. Um funcionário que tira cinco ou dez minutos do seu dia para tratar de senhas de acesso com o suporte de TI, multiplicado por todos os funcionários, soma centenas de horas por ano. Quantos negócios ou mesmo clientes não foram perdidos nestas horas?
Segurança
Vamos relembrar? Mais de 80% dos ataques incluem o componente senha. Sem artefatos para garantir que elas sejam distribuídas e trocadas de forma rápida e segura, a empresa está exposta a um risco constante não gerenciado.
A segurança é bem sucedida quando tratada adequadamente no nível do usuário final, oferecendo uma alternativa que melhore a experiência na interação com os sistemas de seguranças. A maioria das pessoas dará preferência para um método mais fácil e simples de trocar as senhas e que seja, também, o mais seguro.
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