Proteção de dados e ESG é uma preocupação crescente das pessoas ao redor do mundo nos últimos anos. Isso se aplica tanto para os gestores, clientes, investidores e outras pessoas que possam ter interesse em negociar com sua empresa.
No entanto, essa preocupação se tornou ainda maior com a pandemia do Covid-19. Diante do isolamento social, instituições e pessoas precisaram migrar seu patrimônio, serviços e relações sociais para o ambiente virtual. Para que você atenda as demandas do mercado, é importante que você conheça sobre ambos os conceitos. Leia este conteúdo para saber mais!
O que é Proteção de dados e ESG?
De forma geral, a proteção de dados visar dar aos cidadãos o direito de controlar como suas informações são usadas por organizações, empresas e governos.
Na prática, são estabelecidos procedimentos, normas mínimas e políticas que devem ser observadas na utilização dos dados pessoais. Alguns exemplos são a forma de armazenamento, limitação de uso para finalidades específicas, criação de um ambiente seguro e controlado para a sua utilização e outras.
Outra finalidade da proteção de dados é permitir que os cidadãos tomem decisões sobre como os dados são usados. Além disso, as pessoas devem entender como suas informações são usadas pela empresa e como elas estão protegidas no campo prático.
Já o ESG é um conjunto de padrões e boas práticas projetado para definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e tem. Na prática, essa sigla tem o seguinte significado:
- Evironmental (ambiental): inclui gestão consciente de resíduos, uso de energias renováveis, posicionamento da empresa em mudanças climáticas;
- Social (social): trata de cuidados com os colaboradores, diversidade dentro da empresa, auxílio a comunidades de minorias etc.;
- Governance (governança corporativa): diz respeito à transparência contábil e financeira, emissão de relatórios, governança de identidade, controle sobre o negócio e mais.
Esses critérios são usados para entender se uma empresa tem práticas sustentáveis, estendendo a perspectiva da análise de negócios para além das métricas financeiras.
A relação ao ESG na proteção de dados surge no nível de compromisso com a priorização da segurança e práticas de privacidade de informações.
Como esse assunto se relaciona com a LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD ou 13.709/2018) é uma norma que protege os direitos fundamentais à liberdade e à privacidade. Ela também protege o livre desenvolvimento da personalidade das pessoas físicas.
O maior impacto da lei de proteção de dados pessoais é a assimetria do poder da informação pessoal entre os titulares dos dados pessoais e aqueles que os utilizam e compartilham. A lei coloca no mesmo patamar tanto a pessoa que colhe os dados como os titulares que têm as informações coletadas.
Na LGPD, o consentimento do proprietário dos dados é considerado elemento primordial do tratamento. Portanto, a lei confere ao cidadão várias garantias. Por exemplo, o usuário pode:
- Solicitar a exclusão dos seus dados pessoais do banco de dados;
- Retirar do consentimento a qualquer momento;
- Transferir dos dados para outro prestador de serviços; entre outras operações.
Além disso, o tratamento de dados deve ter em conta um conjunto de requisitos, como a finalidade e a necessidade, que carecem de consentimento prévio e notificação ao titular.
Qual a relação de governança e proteção de dados?
Governança também está ligada ao controle dos dados utilizado pela empresa e com a transparência desses processos. Portanto, uma boa governança corporativa permite que você cumpra o que determina a LGPD.
Na prática, a empresa utiliza programas de privacidade, normas de segurança da informação, procedimentos internos para proteger os dados, impõe responsabilidades e obrigações aos agentes, entre outras medidas para gerenciar eficientemente os dados.
Seu negócio também pode contar com ações educativas, mecanismos internos de monitoramento, mitigação de riscos e procedimentos pré-determinados para responder rapidamente a incidentes de segurança.
A cultura de documentar todas as ações de processamento impostas pela governança de dados é uma excelente medida, além de ser exigida pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Além de auxiliar na conformidade, adotar boas práticas na governança de dados maximiza a proteção de dados, evitando que as informações sejam vazadas por criminosos.
Construir um programa de governança de dados
O primeiro desafio é construir um programa de governança de dados que seja adequado para seu negócio. São baseados na gestão de procedimentos, regras, profissionais e ferramentas técnicas. Seu ponto de partida é coordenar e garantir a proteção das informações da empresa.
Também é importante ter um sistema que controle as informações da empresa, o que ajuda a detectar e corrigir erros rapidamente, além de evitar erros ou prejuízos que podem ocorrer quando esse controle é feito manualmente.
Transformar a cultura organizacional
Você deve garantir que os colaboradores se adaptem às regulamentações existentes para desencorajar a má conduta. Será necessário criar um bom programa de compliance e governança corporativa que deve ser seguido pelo pessoal.
Pode ser desafiador fazer com que as pessoas sigam as instruções. Nesse caso, você transforma a cultura organizacional e a direciona para a proteção de dados. Isso é feito com reuniões, alinhamento do pessoal, entre outras medidas.
Aprimorar o processo de tomada de decisão
Somente com boas escolhas uma empresa pode se tornar mais competitiva e próspera.
Adaptar seu negócio para a proteção de dados e ESG é um fato importante para assegurar sua sobrevivência e desenvolvimento no longo prazo. No entanto, é preciso superar os desafios, bem como realizar uma boa gestão de identidade do seu negócio.
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