O número de ataques às aplicações web não para de crescer no Brasil. Um estudo desenvolvido pela Akamai, empresa de internet americana, mostrou que somente em 2019 foram registrados mais de 14 milhões de ataques a sistemas online.
Em 2020, esse número subiu para 18 milhões. Estima-se que até o final de 2021 ocorram mais de 40 milhões de ataques, como roubos de identidade e de dados sigilosos, entre outros tipos de fraudes.
Já o Gartner apontou que o principal foco de ameaça às aplicações web vem evoluindo com foco em APIs, ou Interfaces de Programação de Aplicações. Para a consultoria, esse será o principal vetor de ataques online em 2022. Porém, qualquer que seja o foco, é importante tomar atitudes eficazes para se proteger.
A boa notícia é que existem soluções que podem ser adotadas pelas empresas para se proteger contra fraudes, como a Gestão de Identidades e Acessos e outras. Para saber mais, continue a leitura.
A Gestão de Identidades e Acessos no combate às fraudes
Entre as medidas que podem ser adotadas para combater fraudes nos sistemas da empresa, está a Gestão de Identidades e Acessos (GIA). Trata-se de uma tecnologia que não apenas agiliza os processos, mas também permite a empresa controlar os acessos a seus sistemas com base nas identidades e permissões dos usuários.
E isso faz com que se evitem problemas como vazamento de dados e ransomware. De uma maneira geral, a GIA oferece a uma empresa vários benefícios. A seguir, apresentamos os principais:
Cancelamento automático dos acessos
O primeiro benefício é o fato de que se pode programar o cancelamento automático dos acessos às aplicações da empresa. Isso é muito útil para cancelamentos de acessos de ex-colaboradores e para a organização que realiza contratos com parceiros que necessitam acessar seus sistemas. Ao final de cada contrato, o acesso é automaticamente cancelado, ou até mesmo antes, caso haja necessidade.
Essa conduta traz mais segurança, uma vez que elimina o acesso de pessoas não autorizadas.
Monitoramento de acessos
Outra vantagem gerada pela GIA é o monitoramento de acessos. Isso significa que a empresa não apenas fornecerá acesso aos usuários (colaboradores ou terceiros), como também acompanhará o uso das aplicações. Dessa forma, ela poderá identificar qualquer atividade suspeita que possa colocar em risco o seu sistema, como as fraudes.
Segundo uma matéria publicada pela revista Security Report, para o Gartner, os principais problemas relacionados à Gestão de Identidades resultam das brechas de dados nos casos de acesso privilegiado.
No entanto, o texto também aponta o Gerenciamento de Acesso Privilegiado (Privileged Access Management – PAM) como uma solução capaz de resolver essa questão.
Integração com outros departamentos
Uma empresa é formada por diversos departamentos e os sistemas de cada um deles podem ser integrados com uma plataforma de Gestão de Identidades e Acessos. Dessa forma, as informações podem ser sincronizadas, o que colabora para a execução eficiente das tarefas.
Mas como isso auxilia na proteção das aplicações contra fraudes? A GIA repercute em toda a organização, de modo a nivelar os acessos e segregar as funções.
Por exemplo, não é recomendado que o setor de vendas tenha autorização para realizar pagamentos a fornecedores. Esse é um acesso privilegiado de um departamento específico, geralmente o financeiro.
Divisão de funções dentro da Gestão de Identidades e Acessos
A GIA colabora para auxiliar na proteção contra fraudes no sentido de que ela também divide as funções dentro das aplicações.
O nivelamento de acessos ocorre mediante a identidade de cada profissional. Um colaborador que atua no operacional não terá, a priori, acesso a aplicações web que contenham informações estratégicas da empresa.
O uso de uma solução de GIA possibilita que o profissional responsável segregue as funções dentro de cada aplicação, o que aumenta segurança dos dados da empresa.
Outras soluções que ajudam a proteger a empresa contra fraudes
Fora a Gestão de Identidades e Acessos e o PAM, outras soluções podem contribuir para proteger as aplicações de uma empresa contra fraudes. Reset de Senha Corporativa e Single Sign-On são tecnologias complementares nesse sentido. Veja:
Reset de senha corporativa
O Gartner destaca que aproximadamente 30% dos chamados em Service Desk são relacionados a problemas para reset de senha, o que sobrecarrega o setor. No entanto, ao investir em um portal de reset de senha corporativa, a empresa não apenas se torna mais eficiente, como também conta com uma tecnologia de segurança avançada.
A tecnologia de reset de senha conta um portal de autosserviço, que permite tanto a troca como o desbloqueio de senha. O melhor é que isso pode ser feito de forma rápida e intuitiva, o que economiza tempo e aumenta a eficiência das operações.
Single Sign-On
No que diz respeito à tecnologia Single Sign-On ou SSO, permite à empresa criar uma única senha para credenciar usuários para acessar seus sistemas em nuvem.
Normalmente, cada sistema exige um login e senha, ocasionando em possíveis exposições da senha, demora nos acessos e aumento do número de reset ou desbloqueio de senhas.
Na prática, essa solução possibilita que a organização gerencie todos os usuários das aplicações web em um único portal de autenticação, o que aumenta a segurança contra fraudes. Além de ser possível estabelecer horários fixos para inicio e termino do acesso aos sistemas da empresa. Algo muito útil para tempos de trabalho remoto.
Como vimos, as tecnologias destacadas oferecem vantagens para a empresa que deseja se proteger contra fraudes.
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